A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), participou nesta quinta-feira, 26, de uma ação educativa no município de Amajari, como parte do Projeto Mosaico na Escola, promovido pela Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social).
O evento ocorreu no Colégio Estadual Militarizado Ovídio Dias de Souza e reuniu estudantes, professores e profissionais da rede de proteção à infância.
Durante a atividade, o delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende, ministrou uma palestra sobre “O papel da Polícia Civil no combate à violência contra crianças e adolescentes”, com foco tanto na repressão quanto na prevenção desses crimes.
Segundo o delegado, a atuação da Polícia Civil vai além da investigação e responsabilização de agressores.
“Também trabalhamos com ações preventivas, por meio de seminários, palestras e outras atividades educativas que visam conscientizar a sociedade e capacitar os profissionais que atuam na rede de proteção. Acreditamos que a informação e a articulação entre as instituições são fundamentais para combater a violência antes que ela aconteça”, explicou.
Rezende detalhou que a palestra abordou diversos tipos de violência, como física, psicológica, negligência e, especialmente, a violência sexual, considerada uma das mais graves e com altos índices de subnotificação.
“Explicamos como esses abusos se manifestam, quais são seus impactos no desenvolvimento das vítimas e como identificar sinais de alerta, o que é essencial para uma intervenção rápida e eficaz”, disse.
Outro destaque foi o trabalho da equipe psicossocial das delegacias especializadas, composta por psicólogos e assistentes sociais.
“Essa equipe é essencial no acolhimento humanizado das vítimas. A escuta especializada que realizamos garante não só a coleta de informações para a investigação, mas também protege a criança ou adolescente de novos traumas”, pontuou.
O delegado também alertou sobre o risco da revitimização e destacou a necessidade de um atendimento qualificado e articulado.
“Reforçamos que a escuta deve ser feita apenas por profissionais capacitados, em ambientes apropriados e com total respeito à dignidade da vítima”, concluiu.