Comemorado durante o terceiro sábado de setembro, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea destaca a importância de um gesto solidário que é capaz de salvar vidas.
Em Roraima, o Hemoraima (Centro de Hemoterapia e Hematologia de Roraima) celebra a data sensibilizando a população sobre a relevância do cadastro do doador no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) e desmistificar os medos que ainda afastam possíveis voluntários.
“O doador de medula óssea é um super-herói na vida de alguém, porque ele consegue salvar quando há compatibilidade. Imagine estar doente sem saber o dia de amanhã, e de repente alguém aparece com aquilo que você precisa para continuar vivendo. Para mim, isso é o que motiva, tanto como profissional quanto como pessoa, já que também sou cadastrada como doadora”, afirmou a enfermeira do Hemoraima, Liliana Bezerra.
O cadastro pode ser feito por qualquer pessoa entre 18 e 34 anos e 11 meses. Basta procurar o Hemoraima, apresentar um documento com foto e realizar a coleta de apenas 5 ml de sangue. A amostra é enviada a um laboratório em Goiás, onde o perfil genético é incluído no Registro Nacional.
Caso o voluntário seja compatível com algum paciente no Brasil ou no exterior, ele é acionado pelo Instituto Nacional do Câncer, que organiza a doação junto ao Ministério da Saúde.
Ainda existe o mito de que doar medula óssea envolve riscos ou sequelas motoras, mas o Centro reforça que isso não corresponde à realidade.
“A coleta não acontece na coluna vertebral. Ela pode ser feita pela aférese, semelhante à doação de sangue, onde a máquina separa apenas o que interessa, ou pela punção no osso da bacia. Tudo é feito com critério, por equipes habilitadas, tanto para proteger o doador quanto o paciente”, explicou Liliana.
Somente em 2025, oito voluntários de Roraima foram cadastrados e chamados para possível doação. Cada novo registro é um passo a mais de esperança.
“E para você que ainda está em cima do muro, ainda está na dúvida, não sabe se vai se candidatar à doação de medula óssea ou não, imagina você com superpoderes e este teu superpoder é dar a vida para alguém. Não tem preço quando você consegue ter empatia pela pessoa que está lá precisando dessa”, ressaltou a enfermeira.
SECOM RORAIMA