Chame leva ação sobre violência de gênero a estudantes de Mucajaí

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Atividade, promovida pela Secretaria Especial da Mulher da ALE-RR, marca início de palestras no interior do estado e conta com participação do Centro Reflexivo Reconstruir

 

Depois de percorrer diversas escolas da capital com ações educativas, a equipe multidisciplinar do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), iniciou nesta quinta-feira (15) uma nova etapa do ciclo de palestras sobre o enfrentamento da violência doméstica e familiar. A primeira unidade de ensino do interior a receber a iniciativa foi a Escola Estadual de Tempo Integral Padre José Monticone, localizada no município de Mucajaí.

A atividade, promovida pela Secretaria Especial da Mulher (SEM), contou com a participação de equipes do Chame e do Núcleo Reflexivo Reconstruir, que atuam na prevenção e no combate à violência de gênero, além da reeducação de agressores. Durante a manhã, estudantes, professores e equipe escolar participaram de uma roda de conversa sobre os diferentes tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, como a física, psicológica, moral, patrimonial, sexual e digital.

Conforme a psicóloga do Chame, Marcilene Melo, a iniciativa tem o objetivo de alcançar o maior número de jovens possível, especialmente porque o Estado apresenta altos índices de violência doméstica.

“Como a maior parte das escolas da capital já foram visitadas, nós decidimos trazer essas informações também para o interior do Estado, porque há uma grande necessidade de combater a violência doméstica. Trazer informação para esses alunos é necessário para enfatizar para eles que há meios de encerrar esse ciclo de violência”, explicou.

Atualmente, a Escola Estadual Padre José Monticone tem cerca de 300 alunos que estudam em tempo integral. Segundo Nemésio Filho, que atua no apoio administrativo da instituição, a equipe escolar constantemente procura apresentar informações sobre esse assunto para os estudantes.

“Infelizmente, a escola sempre detecta alunos que passam por alguma situação semelhante em casa neste sentido. E, por isso, a importância de um projeto como este, porque esclarece para os alunos quais as maneiras de denunciar e como sair deste ciclo de violência doméstica e familiar”, enfatizou.

Júlia Vitória da Silva, de 17 anos, é aluna do terceiro ano do ensino médio. A estudante explicou que é a primeira vez que recebe informações sobre o trabalho da SEM. Segundo ela, agora com as informações recebidas durante o ciclo de palestras, poderá orientar outras pessoas sobre o assunto.

“A gente sabe que a violência contra as mulheres está presente na nossa sociedade e tem crescido cada vez mais. É um projeto muito importante e ainda bem que temos ele em nosso Estado para ajudar essas pessoas que passam por este tipo de violência.”

A equipe multidisciplinar do Chame leva informações sobre os diversos atendimentos que são prestados

 

pela instituição como apoio jurídico, psicológico e serviço social. Além disso, a Secretaria Especial da Mulher conta com o Núcleo Reflexivo Reconstruir, que atua na ressocialização de homens agressores.

Interessados em buscar pelos serviços podem se dirigir à sede do programa, que fica na Avenida Santos Dumont, número 1470, bairro Aparecida, em Boa Vista. Ou podem entrar em contato pelo ZapChame no telefone (95) 98402-0502.