Durante a sessão ordinária desta terça-feira (6), a Assembleia Legislativa (ALE-RR) aprovou projetos de decreto legislativo (PDLs) que concedem a Comenda Orgulho de Roraima a cidadãos com destaque nas áreas de educação e segurança pública. Também foi aprovada a declaração de utilidade pública ao Instituto Conviva, reconhecendo seu trabalho social e comunitário no Estado.
De autoria do ex-deputado Evangelista Siqueira, o Projeto de Lei nº 31/22 declara como de utilidade pública, nos termos da Lei Estadual nº 050, de 12/11/1993, e sua alteração prevista na Lei nº 182, de 17/12/1997, o Instituto Conviva. A proposição foi apresentada por Rarison Barbosa (PMB), por meio do Requerimento nº 32/25, e aprovada em plenário.
Fundado em 2021, o Instituto Conviva busca melhorar a qualidade de vida de populações menos assistidas por políticas públicas. Desenvolve ações voltadas ao meio ambiente, à educação ambiental e à inclusão social, promovendo projetos em comunidades ribeirinhas e indígenas. Além disso, distribui remédios, óculos e outros itens essenciais, fortalecendo o atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade.
O Projeto de Lei nº 004/25, de autoria do deputado Chico Mozart (PP), concede a Comenda Orgulho de Roraima aos policiais militares do Estado sargento Cleilson Medeiros de Sampaio e aos soldados Wagnei Pantoja Pereira, Higor Henrique de Sousa Bento e John Kleython de Oliveira Fati.
Em 24 de janeiro de 2025, durante patrulhamento tático no retorno do bairro Santa Cecília, nas imediações da Ponte dos Macuxi, os policiais avistaram uma motocicleta parada fora da área de segurança. Um jovem, segurando a proteção lateral, ameaçava pular da ponte. Com sabedoria, paciência e destreza, os policiais se aproximaram e iniciaram o diálogo para impedir o suicídio. Mesmo com tentativas do jovem de se jogar, eles utilizaram técnicas de distração e conseguiram resgatá-lo de forma segura.
Já o PDL nº 11/25, de iniciativa do presidente, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), concede a Comenda Orgulho de Roraima a Bráulio Paulino de Lima (in memoriam) e Odília de Lima Barbosa, pelos relevantes serviços prestados em favor da educação no Estado, especialmente em áreas rurais.
Bráulio Paulino de Lima, agricultor nascido em 1918, construiu com as próprias mãos uma escola para atender crianças da zona rural de Boa Vista, após não obter apoio do poder público. A unidade, feita de barro e palha, funcionou por quatro anos, alfabetizando cerca de 30 alunos, entre filhos e vizinhos. Lutou por acesso à educação em tempos difíceis, marcando sua história pela dedicação à comunidade. Ele faleceu em 2006.
Olídia de Lima Barbosa, filha de Bráulio, nasceu em 1943 e lecionou na escola construída pelo pai, além de atuar por quase quatro décadas como professora e servidora pública em Boa Vista. Trabalhou em diferentes instituições da rede estadual de ensino e foi reconhecida por seu compromisso e disciplina. Aposentou-se após 38 anos e 8 meses de serviço, sem nunca ter faltado ao trabalho.
