ALERR discute reclassificação de candidatos do concurso da Polícia Civil

Comissão Especial criada pela Casa Legislativa discute impactos da decisão judicial e busca soluções para garantir segurança jurídica aos candidatos e servidores
Foto: Alexsandro Carvalho

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A Comissão Especial criada pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) para acompanhar os entraves relacionados ao concurso público da Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (12), uma reunião para tratar sobre a decisão judicial que determinou a reclassificação de candidatos aprovados. O encontro contou com a presença de parlamentares, representantes da Procuradoria-Geral do Estado, da Polícia Civil e de candidatos afetados pela medida.

 

A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), que entendeu que o critério de pontuação utilizado pela banca organizadora contrariou o edital ao considerar apenas a nota da prova discursiva para fins de classificação. O tribunal determinou que fosse aplicada a soma das provas objetiva e discursiva, conforme previsto no edital do concurso da Polícia Civil de 2022. A medida busca alterar a ordem de classificação e afetar candidatos já nomeados.

O delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Luciano Silvestre, ressaltou que o impacto da decisão pode gerar déficit de profissionais em um momento em que o efetivo precisa ser reforçado.

 

“Essa decisão do Tribunal de Justiça pode prejudicar policiais que já estão na ativa e colegas do cadastro de reserva. O impacto é grande, com mais de 140 servidores afetados. Nosso pedido é que o tribunal module os efeitos para não retirar quem já está em exercício”, frisou o delegado.

 

O procurador-geral do Estado, Tyrone Mourão, explicou que o Governo de Roraima está adotando medidas jurídicas para esclarecer os efeitos da decisão e evitar prejuízos tanto à administração pública quanto aos candidatos.

 

“A Procuradoria-Geral do Estado está sempre aberta ao diálogo. O processo está judicializado e interpusemos um embargo de declaração para esclarecer pontos da decisão. Seguimos em conversa com a Assembleia e com os candidatos para buscar um entendimento”, pontuou Mourão.

 

Representando a comissão dos aprovados no concurso, Tatiana Santos, candidata ao cargo de escrivã, destacou que o grupo busca uma solução equilibrada que contemple tanto os candidatos ainda não convocados quanto os que já estão nomeados e em exercício.

 

“A reunião foi produtiva e esclareceu vários pontos. O impasse existe, mas o objetivo é encontrar uma solução que não prejudique ninguém e beneficie tanto os que já estão na ativa quanto os que aguardam convocação”, destacou.

Comissão Especial

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa foi criada por meio do Ato da Presidência nº 12/2024 e tem o objetivo de acompanhar todas as etapas do concurso da Polícia Civil. Na reunião desta quarta-feira, participaram ainda o deputado Rarison Barbosa (PMB) e, de forma virtual, o parlamentar Jorge Everton (União).

 

Texto: Anderson Caldas

SupCom ALE-RR