Neste sábado (13), comemora-se o Dia do Jornalista Roraimense. A data foi criada pela Lei nº 732/2009 aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALERR) em homenagem à fundação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima (Sinjoper) nesta mesma data, em 1991.
A superintendente de Comunicação da ALERR, Sonia Lucia Nunes, ressaltou que o Legislativo forma a tríade junto ao Executivo e o Judiciário, sendo fundamental a presença do profissional de jornalismo para garantir a informação precisa e a cobertura com a transparência das ações dentro desses poderes.
“E, principalmente, ser um parceiro da sociedade, porque é um profissional que passou pela academia, entende de ética, sabe as preocupações da população, está no dia a dia apurando a notícia para levar informações que realmente possam mudar a vida das pessoas, além de promover debates e reflexões”, complementou.
Sonia Lucia também reforçou a responsabilidade de possuir no setor apenas profissionais formados ou que estão se graduando na área de comunicação. “Nós temos muito cuidado com isso. Todos os servidores que estão na SupCom ou são jornalistas formados ou estão na faculdade. Alguns, inclusive, são mestres. Então, temos essa preocupação com os roraimenses para levarmos a eles notícias com qualidade”, afirmou.
A experiência e o sonho de ser jornalista
A jornalista Yasmin Guedes Esbell trabalha na Casa Legislativa há mais de dez anos. Desde que se formou pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), em 2013, atuou, paralelamente, em jornais comerciais, rádios institucionais e assessorias de empresas privadas. Atualmente, como coordenadora de imprensa da ALERR, ela afirma que o trabalho possibilitou seu aprimoramento profissional ao longo dos anos, graças à oportunidade de colocar em prática o que aprendeu na academia.
“Na ALERR temos assessoria, rádio, tv, texto para web, para jornal impresso e revistas institucionais. Então, aqui eu cresci profissionalmente. Consigo andar por todas as vertentes do jornalismo graças ao que eu aprendi no dia a dia. Para mim, também foi uma novidade porque nunca pensei em trabalhar com jornalismo político. Com a proximidade com os parlamentares, com o povo, saber mediar e ainda levar à população o que acontece no parlamento de uma forma mais compreensível, é uma oportunidade e tanto para o meu amadurecimento na área”, avaliou.
Yasmin disse ainda que a missão do jornalista na Assembleia Legislativa é fazer com que as pessoas entendam como a Casa funciona de maneira mais clara e simplificada. “Nós procuramos, ao máximo, humanizar nossos materiais, principalmente os especiais, que são mais elaborados. Quando tratamos de pautas de sessões plenárias, tentamos mostrar o quão aquilo é importante para a população. Portanto, nossos profissionais tentam ter esse cuidado em torná-las compreensíveis. Todos os projetos de lei, por exemplo, têm uma linguagem mais jurídica. Por isso, transformamos essa linguagem para algo mais comum, para que todos consigam entender e, assim, estarem por dentro do que acontece aqui”, explicou.
Ao contrário de Yasmin, a jornalista Daniele Moura se formou há pouco tempo, em 2023, pela UFRR. Ela recorda que o jornalismo sempre teve um lugar especial em sua vida, desde a infância.
“Quando eu era criança, toda vez que chamava minhas amiguinhas para brincar era sempre de jornal. Eu era sempre a apresentadora ou a repórter. Até hoje tenho vídeos dessa época. Então, esse desejo sempre esteve aqui no meu coração”, contou.
Apesar de a profissão não ser a vontade da família, conforme relatou, ela decidiu seguir o sonho e disse estar feliz com o seu desempenho e trajetória até o momento na Assembleia Legislativa.
“Chegar até aqui é a realização de um sonho, porque há muito tempo eu quero viver isso. Sempre externei essa vontade para as pessoas que estavam ao meu redor. Graças a Deus, hoje estou aqui e posso aprender diariamente. Na TV Assembleia aprendemos muito. Vejo que é uma responsabilidade muito grande, porque o que sai daqui se trata de coisas que regem o nosso estado. Então, tem que ser feito com muita seriedade, pois as pessoas precisam ser bem-informadas e da melhor forma possível”, destacou.
Sinjoper completa 34 anos
Neste 13 de setembro, o Sinjoper completa 34 anos de atividade no estado. O sindicato tem como objetivos defender a categoria, a democracia da informação, garantir a liberdade de expressão, o direito à comunicação e a proteção de jornalistas e comunicadores do Estado de Roraima.
Na visão do presidente, Paulo Tadeu Franco, falar de comunicação no estado é também enaltecer todos aqueles que passaram e colaboraram com a comunicação roraimense. Ele lembrou o assassinato do jornalista João de Alencar, que teve seu busto retirado de uma praça no centro da cidade – fato que marcou a categoria.
Sobre a defesa dos direitos da classe, o presidente manifestou o desejo de que haja valorização profissional por parte do poder público e da sociedade.
“Enquanto instituição, não podemos deixar de falar de valorização, boas condições trabalhistas, piso salarial da categoria, a volta do diploma do curso. Ser jornalista hoje é lutar pela pauta dos direitos humanos, sociais, ter o reconhecimento da sociedade, combater as notícias falsas e, acima de tudo, defender nossa soberania nacional. Ser jornalista é fazer um momento de reflexão, no sentido do nosso papel cidadão. Que as autoridades e a sociedade possam reconhecer essa nobre profissão”, defendeu.
Utilidade Pública
O Sinjoper foi declarado como de utilidade pública pela Assembleia Legislativa em 2023, por meio do Decreto Legislativo nº 114/2023, aprovado em sessão plenária na Casa.
“Somos gratos pelo reconhecimento por parte da Assembleia Legislativa. No caso, elogiamos a articulação do presidente Soldado Sampaio em elevar o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima à entidade de utilidade pública roraimense. Nós esperamos todo esse período para sermos agraciados”, reconheceu Paulo Tadeu.
Texto: Suzanne Oliveira
Fotos:
SupCom ALE-RR